Presidente do Sintraf-Ap ressalta que os trabalhadores não podem ser prejudicados
Nesta quarta-feira (08), representantes sindicais e de fundos de pensão estatais reuniram-se para debater a crise criada pelo caso da Lojas Americanas. O encontro foi promovido pelo Sindicato dos Bancários de Brasília (Bancários DF) e contou com a presença do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado Amapá (Sintraf-Ap), Samuel Bastos.
Durante a reunião que foi transmitida pelo perfil do Bancários DF no Youtube, a conversa teve como principais temas as possíveis alternativas diante da situação, responsabilização dos sócios da empresa, processo de recuperação judicial, prejuízo aos bancos e fundos de pensão.
O caso vem chamando atenção por expor a fragilidade do mercado privado. Ao todo, o rombo na empresa ultrapassa 40 bilhões, a maior parte é devida a investidores e instituições financeiras, é o que diz a própria empresa através de comunicado. “Ainda não é possível determinar todos os impactos de tais inconsistências na demonstração de resultado e no balanço patrimonial. Entre as inconsistências, a área contábil identificou a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima, nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores,” esclarece a varejista.
"Acredito que não há como os administradores e os sócios majoritários não terem conhecimento desse rombo nas contas da Americanas. Temos que responsabilizar aqueles que de fato tinham o dever de fazer uma gestão responsável. Os sócios majoritários tiraram da Americanas lucros e dividendos gigantes nos últimos anos e precisam prestar esclarecimentos, esse prejuízo não pode ficar na conta dos trabalhadores,” comenta Samuel.
Os números oficiais do prejuízo devem ser divulgados no final do mês de março, enquanto isso a empresa segue em investigação. Os Bancos seguem buscando soluções para não terem o balanço de lucro anual comprometido, e os Sindicatos continuam debatendo saídas para que os trabalhadores não sejam os maiores prejudicados, principalmente em relação ao pagamento da Participação dos Lucros ou Resultados (PLR) efetuadas pelas instituições financeiras a seus funcionários.
Amanda Isis - Ascom/Sintraf/AP
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