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Setembro Amarelo: um alerta sobre o adoecimento mental dos trabalhadores

Dia de Prevenção ao Suídicio traz reflexão sobre saúde na categoria bancária

O 10 de setembro é marcado como o dia internacional de combate ao suicidio, a data foi criada pela International Association for Suicide Prevention (IASP) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


Todos os anos entidades ligadas às discussões sobre saúde mental atuam de forma contínua para desestimular qualquer ação contra a vida, utilizando a difusão de informação como principal ferramenta. O objetivo é desmistificar o tema, pois os estigmas criados ao redor dele são uma barreira entre a busca por ajuda e o acolhimento necessário.


Trabalho e saúde mental

O trabalho se transformou em um ponto central na vida dos cidadãos, ocupando muitas vezes boa parte de seu dia a dia, envolvendo uma posição de reconhecimento social. Assim, quando problemas surgem no ambiente de trabalho, a vida pessoal do indivíduo também é afetada tornando-se um fator de predisposição ao sofrimento psíquico.


No caso dos trabalhadores do ramo financeiro, implantação de práticas e metas abusivas, sobrecarga de trabalho, terceirização, entre outros, acabam por colocar empregadas e empregados em sofrimento mental e físico.


“Há alguns anos que os fatores que mais desencadeiam problemas mentais e físicos é a cobrança de metas, que a cada mês só aumenta. O fechamento de agências e as demissões sobrecarregam, sem dúvida, as poucas trabalhadoras e trabalhadores que precisam dar continuidade ao atendimento dos clientes, usuários e comunidade”, observa a Diretora de Saúde, Esporte e Lazer do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Amapá (Sintraf-Ap), Dayane Machado.


E de acordo com dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT) realizados pelo (Dieese), a categoria bancária representa 24% dos afastamentos causados por doenças mentais e comportamentais no país, de 2012 a 2021. E as doenças de caráter nervoso deram um salto de 9% para 16% entre os trabalhadores.


O presidente do Sintraf-AP, Samuel Bastos faz as seguintes observações. “Apesar de o mês de setembro ser escolhido como o da Campanha Setembro Amarelo que trata de saúde mental e suícidio, o tema deve ser trabalhado durante todo o ano. Existem dados alarmantes sobre o crescimento do adoecimento mental da população, principalmente da categoria bancária. É importante salientar que uma vez adoecido, existe o risco de o trabalhador carregar consigo as sequelas por toda uma vida. Embora o movimento sindical trabalhe bastante, ainda encontramos muita resistência por parte dos banqueiros em entregar uma maior atenção à saúde preventiva, acompanhamento e assistência às trabalhadoras e trabalhadores em busca de recuperação. Por isso, seguimos cobrando o fim das metas abusivas, a redução de carga horária, a contratação de mais trabalhadores, a manutenção dos planos de saúde, entre muitas outras reivindicações. A luta é árdua mas não vamos desistir”, afirma o dirigente.


Como ajudar

A mobilização deve ser de toda a sociedade e o melhor caminho para ajudar pessoas é a informação. Mudar a narrativa em torno do suicídio é fundamental para entender e prestar o acolhimento necessário. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançaram as cartilhas Setembro Amarelo 2023 e Suícidio: Informando para Prevenir como uma ferramenta de auxílio para quem precisa ajudar a si ou a alguém próximo.


Dayane reitera que o Sintraf-AP está disponível para acolhimento e orientação. São diversos os casos que chegam até a entidade, às vezes constatamos problemas durante as visitas às agências, por exemplo. Entendemos que é difícil mas precisamos quebrar este tabu. O sindicato sempre estará de portas abertas para receber quem precisa. É importante relembrar que as reclamações e identidade serão tratadas com total sigilo, caso seja o desejo do trabalhador. Buscamos orientar da melhor forma para que esse colega não se sinta sozinho”, pontua.

Entre em contato conosco através do nosso canal de comunicação (96) 98802-0267 ou presencialmente. Lembrando que você não está só nessa luta, o Sintraf-AP está disposto sempre a lhe ouvir.


Centro de valorização da vida – CVV Caso precise de ajuda imediata, você pode entrar em contato com o CVV pelo número 188. O CVV é uma das ONGs mais antigas do país. Fundado em São Paulo em 1962, atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio pelo telefone 188, e também por chat, e-mail e pessoalmente.





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