Manifestações acontecem em cenário de crise, com carestia e fome ameaçando a população
Mais de 200 cidades em todo o Brasil e no exterior já confirmaram atos Fora Bolsonaro neste sábado (2 de outubro). Centrais Sindicais e mais de 80 entidades organizam a sexta série de manifestações. Os atos Fora Bolsonaro também são apoiados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
As centrais sindicais divulgaram convocação para os atos e ressaltaram que as manifestações são pelo impeachment do presidente Bolsonaro, que esta semana completou mil dias no poder e não conseguiu impedir que o país mergulhasse em uma crise econômica que ameaça aumentar o contingente de brasileiros que passam fome, calculados atualmente em 20 milhões.
“Em um país com 212 milhões de habitantes, cuja maioria, segundo todas as pesquisas, rejeita e desaprova Bolsonaro, é urgente que o Congresso Nacional atenda o clamor popular e acate a abertura de processo de impeachment para que Bolsonaro seja afastado e seus crimes apurados e julgados”, afirma a convocação das centrais sindicais.
Em 2018, 36,6% dos brasileiros viviam em insegurança alimentar. Em 2020, esse percentual passou para 52%. Insegurança alimentar é quando uma pessoa, ou uma família, têm acesso insuficiente à comida. Em 2020, 113 milhões de pessoas tiveram dificuldade para se alimentar. Agora, na segunda metade de 2021, esse número deve ser muito maior, porque a comida ficou mais cara. Dados do IBGE mostram que a inflação vai crescer de 0,89% em agosto para 1,14% em setembro. Para alimentação e bebidas será ainda maior, chegando a 1,27%.
Falta comida na mesa dos brasileiros e a crise não dá sinais de que vá diminuir. Ao invés de combater essa situação, Bolsonaro continua a atacar os trabalhadores, cancelado direitos históricos, desmontando o serviço público e ameaçando a democracia. É nesse cenário que acontecem as manifestações do próximo sábado.
Fonte: Contraf-Cut
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