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UNI Américas realizará sua 5º Conferência Regional em Fortaleza

O objetivo será debater, construir e impulsionar uma agenda dentro da transição política que vive a América Latina, canalizando o poder dos trabalhadores para fortalecer a democracia

Nos dias 29 e 30 de junho, 600 dirigentes sindicais da UNI Global Union, de 24 países e 124 organizações sindicais, irão reunir-se em Fortaleza para a 5° Conferência UNI Américas, com o tema "Vamos defender nossos direitos e construir nosso futuro".

O encontro reunirá as principais lideranças das américas, como: Gabriel Boric, Presidente de Chile; Alberto Fernández, Presidente de Argentina; Yolanda Díaz, ministra de Trabalho da Espanha; Luisa María Alcalde, Secretaria de Trabalho do México; Izolda Cela, Governadora do Ceará. O objetivo será debater, construir e impulsionar uma agenda dentro da transição política que vive a América Latina, canalizando o poder dos trabalhadores para fortalecer a democracia, ampliar os direitos e consolidar a justiça social, ambiental e econômica.


Ramo financeiro

A secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, destaca que no evento ocorrerá o primeiro fórum sindical internacional sobre o impacto da digitalização no sistema financeiro. Para ela, “o enfrentamento dessa conjuntura passa pelo diálogo social, ou seja, sindicatos fortes que negociem a questão junto aos bancos, que devem ter a responsabilidade social da prática desse diálogo”. Para a secretária, essa questão é fundamental para a categoria na atual conjuntura. “A digitalização vem reduzindo postos de trabalho, precarizando a atividade e eliminando direitos, então sem negociação coletiva e sindicatos fortes, o que resta é a barbárie”, disse.


Presença da classe trabalhadora

A secretária Rita Berlofa, em evento preparatório da 5ª Conferência da UNI Américas

A 5ª Conferência da UNI Américas vai avaliar o papel dos sindicatos e como os trabalhadores podem definir seu papel no momento político. Os temas em pauta incluem a defesa dos direitos humanos e o fortalecimento da democracia, com a participação dos trabalhadores e suas representações sindicais. Também será discutida a construção de alianças com os governos progressistas, em busca de soluções de problemas sociais, como diminuição da pobreza e da desigualdade, a luta contra o racismo e outras formas de discriminação. Entre os pontos trabalhistas específicos, estarão a organização sindical relacionada a novos setores, o fortalecimento da negociação coletiva e a construção de unidade tanto nas esferas nacionais, como no âmbito internacional.


Democracia e movimento sindical

Para o presidente da UNI Américas, Hector Dáer, é fundamental a presença do movimento dos trabalhadores no debate político, pois “não há democracias fortes sem sindicatos fortes”. Dáer também destaca que “o movimento sindical da nossa região sempre esteve na linha de frente da defesa e o fortalecimento da democracia e da paz, inspirando novos direitos para incluir diferentes coletivos”. O secretário Regional da UNI Américas, Marcio Monzane, ressalta a importância da 5ª Conferência no atual momento político da América Latina. “Na região, não há mais espaço para desrespeito aos direitos dos trabalhadores, para trabalhos precários e para a desigualdade e a discriminação. Com a nova ascensão dos governos progressistas, os sindicatos devem ter um papel ativo, de participação na sociedade”.

A secretária Rita Berlofa, em evento preparatório da 5ª Conferência da UNI Américas Para Rita Berlofa, “o movimento sindical defende a democracia no continente latino-americano acima de tudo, e não existe democracia estável sem sindicatos, entidades que têm a função social de dar voz à classe trabalhadora”


UNI Américas

Com sede em Montevidéu, a UNI Américas, à qual a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) é filiada, é o braço regional da UNI Global Union, que representa 20 milhões de trabalhadores em 150 países, nos setores de finanças, meios e entretenimento, esportes, cuidados, limpeza, segurança, comércio, cassinos, serviços postais, gráfica e embalagem e telecomunicações.

A UNI Américas tem sua sede em Montevidéu, Uruguai; é a articulação regional da federação sindical global UNI Global Union, com sede na Suíça, que representa 20 milhões de trabalhadores no âmbito mundial nos setores das finanças, os meios e o entretenimento, os esportes, os cuidados, a limpeza, a segurança, o comércio, os casinos, os postais, gráfica e embalagem, e as telecomunicações.

Marcio Monzane, Secretário Regional da UNI Américas, afirma sobre a importância do respeito aos trabalhadores: “Na nossa região não tem mais espaço para democracias sem respeito pelos direitos dos trabalhadores, os trabalhos precários, a desigualdade e a discriminação. Com a nova ascensão dos governos progressistas, os sindicatos devem ter um papel ativo, ser escutados e ter espaço de participação na sociedade”.

Para o Presidente da UNI Américas, Hector Dáer “não tem democracias fortes sem sindicatos fortes, que assumam com solidez a defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. O movimento sindical da nossa região sempre esteve na linha de frente da defesa e o fortalecimento da democracia e da paz, inspirando novos direitos para incluir diferentes coletivos”.

Histórico O mundo tem ingressado em uma época desafiante pelos impactos da pandemia, as crises no âmbito trabalhista, o aumento da desigualdade, e os efeitos da guerra sobre os preços e a produção de alimentos. O trabalho foi profundamente impactado pelas novas tecnologias, as plataformas, as reformas trabalhistas, e o tele trabalho, resultando em uma dicotomia entre a precarização trabalhista e a necessidade de defender os direitos e estabelecer novas normas.

O cenário político nas Américas está em transição, com a ascensão de movimentos sociais e o retorno de governos progressistas no México, no Chile, na Argentina, em Honduras, no Peru, na Bolívia, na Colômbia e possivelmente no Brasil, enquanto se fortalece o combate contra movimentos e políticas de extrema-direita, muitas de cujas expressões e atitudes podem qualificar-se como fascistas.

Os sindicatos foram um ator principal nesta transição e os trabalhadores têm uma oportunidade histórica para aumentar seu poder e influência.

Na Conferência, a UNI Américas abordará conquistas importantes e futuras propostas, nas seguintes áreas: - A defesa dos direitos humanos, e o fortalecimento da democracia, para garantir a participação de todos os atores sociais, incluindo os trabalhadores e sua representação sindical - A organização dos trabalhadores, incluindo novos setores, dentro e fora do local de trabalho, o fortalecimento da negociação coletiva, e a construção de unidade nos âmbitos nacional e internacional - A construção de alianças com os governos progressistas, para elevar a voz dos trabalhadores e incluir seus interesses nos processos de mudança, por exemplo, com relação à diminuição da pobreza e a desigualdade, e a luta contra o racismo e outras formas de discriminação.

Serviço:

Coletiva de Imprensa - 5° Conferência UNI Américas - "Vamos defender nossos direitos e construir nosso futuro". Data: 27 de junho, às 10h. Local: Sala Business, Hotel Oásis Atlântico, Av. Beira Mar, 2500, Fortaleza, Ceará, Brasil. Site: https://www.5taconferenciauniamericas.org Contatos: Letícia Alves – jornalista: 85 99217.8877 Carlos Eduardo – Presidente Sindicato dos bancários do Ceará, anfitrião do evento: 85 99155-4439



Fonte: Contraf/Cut e SEEB/CE CUT-CE


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