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CN2020: Saúde e Condições de Trabalho na 2ª rodada com Banco da Amazônia

Entidades sindicais reivindicam mais vontade política do Banco da Amazônia para debater soluções para os temas em pauta na rodada

Nestes tempos de pandemia, home office, isolamento social, debater saúde e condições de trabalho é necessário, principalmente para serviços essenciais, como os bancários. E nesta quarta-feira (12) essas temáticas nortearam os debates da segunda mesa de negociação do Banco da Amazônia na Campanha Nacional 2020.

Sobre a pauta ordinária, as reivindicações da categoria basearam-se nos seguintes pontos:

ARTIGO 17. Assédio moral e combate à violência organizacional; ARTIGO 18. Manutenção dos salários; ARTIGO 20. Acidente do Trabalho; ARTIGO 32. Assistência aos dependentes com deficiência; ARTIGO 57. Plano de saúde para aposentados; ARTIGO 58. Programa qualidade de vida; ARTIGO 59. Plano de saúde e odontológico; ARTIGO 60. Exame periódico; ARTIGO 79. Programa ver o peso; ARTIGO 80. Abono atividade física.

Plano Odontológico e de Saúde

O Banco da Amazônia informou que sobre o plano odontológico, as pesquisas de mercado já estão sendo realizadas pela empresa. Em respeito aos pedidos que versam sobre o plano de saúde, a empresa disse que deverá ser revista a questão de paridade proporcional de repasse do reembolso, o que impacta no regulamento vigente.

Além disso, segundo o banco, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST orienta a clausular saúde em normas coletivas.

As entidades defendem que tudo o que for negociado entre as partes deve ser clausulado. Além disso, as entidades informaram que a adequação do plano de saúde às necessidades da categoria é uma reivindicação histórica, posto que o modelo atual, além de ser desproporcional, não é adequado à realidade dos trabalhadores e das trabalhadoras.

O banco, no entanto, enfatizou que não irá patrocinar novamente o plano de saúde em favor dos empregados, motivo pelo qual tal reivindicação não será aceita, e ponderaram que o investimento máximo disponível para custeio do plano de saúde é de 8% da folha de pagamento dos empregados.

“Precisa de vontade política da instituição. Na pesquisa realizada pela Contraf-CUT, o tema saúde foi prioritário entre os trabalhadores. Dessa maneira, pedimos para que o banco não feche essa porta”, pontuou o presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton Silva.

“Nós fizemos um debate com a comissão do banco de forma muito incisiva e contundente e lamentamos que as posições do banco tenham ficado aquém do que se espera diante desses dois temas, pois estamos em uma condição de resgatar melhores condições para os empregados e empregadas do Banco da Amazônia”, criticou o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

As entidades ressaltaram que não debater o assunto em mesa, com base na justificativa do limite legal, é descaracterizar a mesa de negociação. Além disso, outras estatais subordinadas inclusive à CGPAR transigem sobre o assunto, no que diz respeito ao plano de saúde. Dessa forma, as entidades reiteraram que o banco reavalie seu posicionamento, no sentido de apresentar uma proposta que atenda a necessidade de ambas as partes.

“A gente defende que o banco reveja sua posição de ficar enquadrado na CGPAR, e nos orçamentos que alegaram em não poder rediscutir qualquer coisa que represente atender aos anseios da categoria”, reiterou o secretário geral do Sindicato e coordenador da Comissão de Empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Acidente de Trabalho

Com relação à cláusula 20, referente a acidente de trabalho, o banco informou que irá manter o disposto na norma coletiva vigente. O banco também comunicou que irá avaliar a proposta contida na cláusula 32, referente à assistência ao dependente com deficiência, informando que apresentará uma contraproposta no decorrer das negociações, julgando pertinente a reivindicação. Contudo, manifestou-se registrando que será de acordo com a cláusula da norma coletiva vigente que tratar sobre ausências autorizadas.

Qualidade de Vida

Ao que diz respeito nos artigos 32, 79 e 80, o banco disse que estudará a possibilidade de ampliar o número de participação de empregados no programa de qualidade de vida, tendo como base o orçamento disponível. Já sobre os exames periódicos, o banco anunciou que contratou um médico do trabalho e está estudando a possibilidade de extensão de atendimento a todos os empregados, tendo como base os riscos relacionados à atividade que exercem.

Representaram a categoria na mesa de negociação o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos; Sérgio Trindade, secretário-geral e empregado do banco, Suzana Gaia, diretora administrativa e empregada do banco; Cleiton Santos, presidente da Fetec-CUT/CN; Rosalina Amorim, diretora da Contraf-CUT; além do assessor jurídico, Luiz Fernando Galiza.

Pelo Banco da Amazônia participaram Francisco Moura, gerente da GESOP; Bruna Paraense, gerente da GEPES; e Eder Picanço, gerente executivo jurídico.

As próximas reuniões serão realizadas nos dias 17 e 19/08. A primeira terá como tema as cláusulas sociais da minuta, enquanto a segunda tratará sobre PLR.

Fonte: Bancários PA

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