Por unanimidade, bancários rejeitaram a proposta e votaram pela greve
Em assembleia geral realizada na noite desta quinta-feira, 1, bancários e bancárias do Amapá rejeitaram, por unanimidade, a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, 6.
A decisão seguiu a uma orientação do Comando Nacional, diante do que foi apresentado pela Fenaban aos bancários, que pedem, entre outras reivindicações, reajuste de 14,57% (9,57% de reposição inflacionária mais 5% de aumento real). No entanto, os banqueiros ofereceram apenas 6,5% de reajuste, percentual inferior à inflação do período. Diante da falta de respeito dos banqueiros, não restou outra alternativa aos trabalhadores e trabalhadoras a não ser rejeitar a proposta e deliberar pela greve. Na próxima segunda-feira, 5, haverá uma nova assembleia geral para discutir os detalhes da paralisação, que inicia no dia seguinte.
Principais reivindicações dos bancários: Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real. PLR: 3 salários mais R$8.317,90. Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo). Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês. 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês. Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas. Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários. Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós. Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs). Proposta dos bancos rejeitada pelos bancários: Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%). Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários). Piso portaria após 90 dias – R$ 1.467,17. Piso escritório após 90 dias – R$ 2.104,55. Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.842,96 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa). PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97. PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41. Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21. Auxílio-refeição – R$ 31,57. Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 523,48. Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 420,36. Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 359,61. Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício). Gratificação de compensador de cheques – R$ 163,35. Requalificação profissional – R$ 1.437,43. Auxílio-funeral – R$ 964,50. Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 143.825,29. Ajuda deslocamento noturno – R$ 100,67.
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