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Bancários abrem negociações exigindo aumento real, valorização do piso e avanços na PLR


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Na primeira rodada de negociações da Campanha dos Bancários 2016, realizada com a Fenaban na quinta-feira, 18, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários, integrado pela Federação do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), defendeu as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações, que tem como prioridades aumento de real de 5% para toda a categoria, PLR de três salários mais R$ 8.317, piso salarial de R$ 3.940, além do fim das demissões e mais contratações, igualdade de oportunidades, ampliação da licença-paternidade e do vale-cultura.

As negociações continuam nesta sexta-feira 19, às 9h, centradas em saúde, melhores condições de trabalho, o que inclui combate às metas abusivas e ao assédio moral, e segurança bancária.

“Somente os cinco maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 28,8 bilhões e fecharam mais de 13 mil postos de trabalho no primeiro semestre. O Comando mostrou aos negociadores da Fenaban que eles têm, portanto, condições de atender às reivindicações da categoria, de valorizar os salários e o piso, melhorar a PLR e contratar mais trabalhadores, em vez de demitir”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN.

Sobre igualdade de oportunidades, o Comando ressaltou a necessidade de acabar com as discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres.

Em relação ao emprego, os representantes dos trabalhadores lembraram também que, entre 2012 e 2015, mais de 34 mil postos de trabalho foram reduzidos. Por isso, pedem o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas. A preocupação com as agências digitais também foi abordada pelos bancários.

Além de José Avelino, da Fetec-CUT/CN integram o Comando Nacional dos Bancários os presidentes do Sindicato de Brasília, Eduardo Araújo; de Rondônia, José Pinheiro de Oliveira; de Mato Grosso, Clodoaldo Barbosa; de Campo Grande, Edvaldo Franco Barros; e o presidente eleito do Sindicato do Pará, Gilmar José.

As principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação.

PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.

Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

O calendário de negociações

FENABAN

18/8 – Negociação com a Fenaban sobre remuneração, emprego e igualdade de oportunidades, em São Paulo.

19/8 – Negociação com a Fenaban sobre saúde, condições de trabalho e segurança.

BANCO DO BRASIL

22 e 23/8 – Negociação específica com o Banco do Brasil, em Brasília.

CAIXA

17/8 – Negociação das reivindicações específicas, em Brasília. (Veja aqui como foi).

BANCO DA AMAZÔNIA

22/8 – – Negociação específica, em Belém.

BANPARÁ

22/8 – Negociação específica, em Belém.

BRB

Bancários do BRB aprovaram pauta específica de reivindicações no dia 12 e aguardam início das negociações com o banco. (Confira aqui o que eles querem).

(Fonte: Fetec-CUT/CN com Contraf-CUT)

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