A bancária conseguiu na justiça, ser reintegrada com retorno imediato para o Banco Santander no dia 20 de julho através de Decisão Interlocutória.
O banco vem promovendo constantes ataques contra a categoria, e o desligamento da bancária acometida por doenças ocupacionais, foi mais um. Reforçando a falta de compromisso com integridade dos seus trabalhadores, que vem sofrendo ataques covardes contra os seus direitos durante o momento de maior fragilidade que é o enfretamento do Covid-19.
O jornal Folha Online informa, que o Santander está sendo o único entre os 5 maiores bancos do país a não respeitar o compromisso pela não demissão de funcionários neste período, e apresentou o maior lucro no 1º trimestre no país. Em contrapartida, o Santander demitiu 20 funcionários por dia útil no mês de junho, totalizando cerca de 433 demissões.
O número de demissões pode ser ainda maior, uma vez que a Reforma Trabalhista possibilita aos bancos não realizar as homologações nas entidades sindicais, impedindo que estas entidades fiscalizem e acompanhem as demissões, além de não fornecerem informações sobre os desligamentos. Dessa forma os sindicatos tiveram que fazer um levantamento a partir das informações que são passadas pelos próprios trabalhadores.
A Reintegração se deu através de Decisão Interlocutória expedida pela 4ª Vara de Trabalho de Macapá, que determinou a “imediata reintegração da reclamante no emprego, na mesma função anteriormente desempenhada, sob pena de multa diária, com todos os direitos e vantagens decorrentes, e manutenção do mesmo padrão remuneratório e cobertura por plano de saúde”.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Amapá – SINTRAF/AP vem acompanhando e assessorando a bancária, disponibilizando também consultoria jurídica, desde a notícia do seu desligamento imotivado pelo banco. No dia 24 de julho, a diretoria do SINTRAF/AP esteve presente na agência do Santander, junto com a bancária, para o protocolo da Decisão Judicial e assegurar seu cumprimento imediato.
“O Banco Santander apesar de ter um lucro expressivo no Brasil, vem constantemente descumprindo seus compromissos e desrespeitando não só seus trabalhadores, como toda a sociedade brasileira.” diz Samuel Bastos, presidente do SINTRAF/AP.
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