No dia 8 de março de 1917, operárias russas marcharam, protestaram e foram mortas pela violência, incineradas dentro de uma fábrica têxtil na Rússia, criando um marco na luta pelos direitos das mulheres. Desde então, mesmo diante dos avanços significativos, a imperatividade de luta e protesto mantém-se inabalável.
No Brasil, os desafios enfrentados pelas mulheres são enormes, especialmente quando se trata do mercado de trabalho, onde a desigualdade persiste e os obstáculos são numerosos. Além de destacar o quanto mulheres são sobrecarregadas pela "economia do cuidado" para Amanda Cursino, Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT, "não é amor, é trabalho não remunerado" É crucial reconhecer e combater o machismo, a misoginia e o preconceito de gênero no mercado de trabalho, desenvolvendo ações para romper com esse ciclo de subordinação das trabalhadoras. Propiciar espaços de trabalho equitativos e saudáveis para as mulheres é essencial.
O movimento feminino se empenha na promoção de políticas públicas de estado que visam a transformação social e a redução das desigualdades. Entre suas metas estão a equidade na divisão das responsabilidades domésticas e o aumento, efetivo, das mulheres em cargos de liderança. Essas iniciativas têm o objetivo de acelerar o processo rumo à igualdade salarial e à erradicação de todas as manifestações de assédio, violência e misoginia laboral, para que as mulheres não precisem esperar mais um século para alcançar esses direitos fundamentais.
A atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2022-2024), destaca inúmeros tópicos que visam garantir um ambiente de trabalho respeitoso e garantir mecanismos de denúncia. Garantindo esforços frequentes para diminuir ou mesmo zerar qualquer tipo de violência no ambiente de trabalho para todas as bancárias.
Redação Sintraf/AP.
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